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terça-feira, 6 de dezembro de 2022

MPF: A pedido do MPF, Justiça suspende cooperativa de exploração ilegal de minério em terra indígena no Pará

 

A pedido do MPF, Justiça suspende cooperativa de exploração ilegal de minério em terra indígena no Pará

Ibama e Funai terão que fiscalizar a Terra Indígena Kayapó para conferir se atividades foram encerradas

Imagem em formato retangular. Foto aérea que mostra curva de um riacho na Terra Indígena Munduruku, no sudoeste do Pará. O riacho está com cor que pode indicar excesso de lama no curso d'água. A floresta na beira do riacho está bastante desmatada, sendo que uma das áreas está completamente sem vegetação, tendo se tornado uma área só coberta de areia, com uma árvore caída. Na área superior esquerda da imagem, na cor branca, o texto Mineração ilegal.

Foto: Vinícius Mendonça/arquivo Ibama 2018 - licença CC BY-SA 2.0

A Justiça Federal acolheu pedidos do Ministério Público Federal (MPF) e determinou a suspensão urgente de uma cooperativa criada ilegalmente para extrair minério da Terra Indígena Kayapó, no sudeste do Pará.

A decisão foi proferida no último dia 30. O MPF tomou conhecimento dela no último domingo (4).

A Justiça estabeleceu que:

• a Junta Comercial do Estado do Pará (Jucepa) deve suspender o ato que constituiu a cooperativa;

• a Jucepa não deve registrar qualquer pessoa jurídica que pretenda atuar em exploração mineral de terras indígenas;

• a Agência Nacional de Mineração (ANM) deve suspender as atividades da cooperativa;

• a ANM deve negativar a autorização de pesquisa, lavra e exploração da cooperativa;

• a ANM não deve autorizar qualquer pessoa jurídica a explorar minérios em terras indígenas;

• o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e a Fundação Nacional do Índio (Funai) devem realizar fiscalizações na área dentro de 30 dias, para verificar se as atividades da cooperativa foram encerradas.

Indígenas são contrários à mineração – Durante a apuração do caso o MPF teve acesso a manifestações de lideranças Kayapó contrárias à constituição da cooperativa, conforme notíciacarta e vídeo divulgados por organizações indígenas.

À Justiça o MPF relatou que o empreendimento vem gerando consequências trágicas sobre a comunidade indígena tanto pelos conflitos deflagrados quanto pelos impactos ambientais.

Segundo o Projeto de Mapeamento Anual do Uso e Cobertura da Terra no Brasil (MapBiomas), as maiores áreas de garimpo em terras indígenas na Amazônia estão em território Kayapó (7,6 mil hectares). 


Processo 1001893-94.2022.4.01.3905 – Vara Cível e Criminal da Justiça Federal em Redenção (PA)

Íntegra da decisão

Íntegra da ação

Consulta processual

  

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