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terça-feira, 1 de janeiro de 2013

ESTUDO DE CASO:COMUNICAÇÃO INTERNA


A FIB é uma instituição mantida pela sociedade Tecnopolitana da Bahia, foi fundada no dia 12 de abril de 1996. Hoje a faculdade atende em quatro campus, o primeiro no bairro do Stiep, o segundo no Jardim Armação, o terceiro na Vitória e o quarto campus no bairro da Calçada. Uma empresa do grupo Estácio Participações S.A. (“Companhia” ou “Estácio Participações”), sendo esta uma das maiores organizações privada do setor de ensino superior no Brasil, cujo lucro líquido em 2007 chegou a R$ 27, 315 milhões, além do seu baixo endividamento, consequência para seu ativo circulante de R$ 348, 142.1



As Faculdades Integradas da Bahia têm como missão “a qualidade na educação e a excelência nos serviços”. Adota a visão de “ser uma instituição líder em educação, oferecendo qualidade e excelência em seus produtos, serviços e soluções para atender a um mundo em transformações”. Adota como valores o respeito aos indivíduos e às opiniões; alto padrão de confiança em seus colaboradores; dedicação no atendimento aos clientes; trabalho em equipe; alto padrão de integridade e ética; Inovação e transferência de conhecimento e excelência.



A FIB-Centro Universitário da Bahia está organizada e supervisionada pelos quatro conselhos superiores: o Conselho Superior de Administração, seu órgão máximo que estabelece as normas da instituição; o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, que estabelece as normas, orienta e supervisiona as atividades de ensino, pesquisa e extensão da FIB; o Conselho de Integração Social que trata das suas relações com a comunidade e a integração do Centro com as várias entidades sociais e o Conselho Departamental, composto dos Diretores das Faculdades de graduação e pós-graduação do Centro e representantes dos Colegiados de Curso.



O Centro Universitário da Bahia, no Campus STIEP, tem um setor de informática , organizado conforme as demandas dos públicos (alunos, professores e funcionários). O Núcleo Acadêmico de Tecnologia é responsável pelo controle e manutenção de todos os laboratórios de informática do Centro. Controla os horários quando os laboratórios estão disponibilizados para as disciplinas, e quando eles estão liberados para pesquisa pelos alunos. O Núcleo coordena técnicos de laboratórios e alunos bolsistas disponibilizados para assessorar as pessoas nos laboratórios, bem como efetuar consertos nas máquinas.



Em decorrência de observações efetuadas e informações colhidas junto a funcionários, estagiários, alunos e professores do setor de informática da FIB, Campus STIEP, constatou-se que a comunicação utilizada na administração do núcleo tem alguns pontos falhos, a exemplo: inobservância para com as reclamações dos alunos, deficiência na passagem de informações para os professores do núcleo de informática, pouca informação transmitida para os estagiários acerca da funcionalidade do setor e, não utilização da reunião como ferramenta para desenvolvimento da comunicação.



O presente projeto foca o papel e a importância do fator comunicação no setor de informática da FIB. Para tanto, propõe-se ferramentas de gerenciamento que objetam melhorias no desempenho do setor de informática, por conseguinte, satisfação do público interno e externo. A comunicação empresarial é um processo de troca de informações, fator primordial para o sucesso. A deficiência no processo de comunicação é conseqüência para o surgimento de muitos problemas dentro de uma organização. Fator este observado no núcleo de processamento de dados, ou seja, a comunicação precisa de melhorias urgente.


2OBJETIVOS


2.1 Geral




O projeto tem por objetivo geral contribuir para o aprimoramento e aperfeiçoamento do processo de comunicação no setor de informática da FIB.

2.2Específico


  • Revisar a bibliografia;
  • Diagnosticar o problema;
  • Propor soluções;
  • Identificar as deficiências na comunicação do setor de informática e oferecer aos gestores da Instituição soluções para a problemática identificada, qual seja: implantação da caixa de sugestões;







3JUSTIFICATIVAS E FUNDAMENTO


No atual estágio de modernidade as empresas precisam ouvir e falar para seus públicos internos e externos, desse modo, necessário se faz um ótimo processo de comunicação. Para Chiavenato(1999,p.519), “a comunicação é uma estrada de duas mãos que inclui a ida -enviar mensagens- e a volta-ouvir e obter retroação para chegar a um entendimento comum”2. Nessa esteira conceitual, percebe-se o grau de importância de uma boa comunicação, isto é, a recepção e transmissão de informações é responsabilidade de todos na organização, a excelência na comunicação interna gera bons frutos.



A Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE)3, em 2007, demonstrou em pesquisa que as empresas estão empenhando esforço para melhorar o processo de comunicação interna. Na pesquisa foi comprovado que não existe um plano integrado de comunicação em 49% das empresas do ramo de serviços Nas empresas que não têm um plano integrado, 41% dos entrevistados afirmaram que a comunicação é vista pela alta gestão como área estratégica (67,7% na amostra), e 39% disseram que a mesma é percebida como área de apoio (22,6% na amostra).



Nesse sentido, destaca na pesquisa que diretorias e gerências cuidam igualmente da comunicação corporativa. Chama-nos a atenção o fato de que 47% das empresas que têm uma diretoria de comunicação são européias e o aumento em 6,9 pontos percentuais no índice de empresas que trabalham com equipe interna de Comunicação Interna. Não há relação entre tamanho de equipe e contratação de equipes externas. Os números revelam que o gerenciamento do processo de comunicação interna, nas empresas brasileira, ainda precisa de melhorias, os gestores necessitam aprimorar a cultura da gestão da comunicação.



Comunicação é interação, diálogo, tornar comum. No ambiente das organizações, a dimensão comunicação quase sempre está reduzida a um instrumento de divulgação e de controle. As empresas precisam conhecer os problemas gerais de comunicação, dentre os quais se destacam a forma unilateral de comunicar, o ruído e a redundância. A comunicação eficaz é aquela que atende aos anseios dos colaboradores. Segundo pesquisa ABERJ, 2002, a comunicação interna nas empresas ainda não atende de forma satisfatória os funcionários. O gráfico abaixo expressa que 71% das comunicações não atende completamente.




Figura 1:Empresas sinalizam que eficiência da comunicação interna é parcial

Fonte: Pesquisa ABERJE 2002 www.aberje.com.br



Longe de ser raro, em algumas empresas o processo de comunicação interna pede socorro. Por falha na gestão da comunicação, muitas pessoas têm conhecimentos das novidades ou dos acontecimentos mais importantes sobre a sua empresa através dos jornais, da televisão ou, no caso das empresas menores, através das conversas de corredor. Quando estas situações acontecem é porque estamos perante uma organização onde não existe qualquer comunicação interna ou, se existe, não está sendo bem utilizada para gerar os resultados pretendidos. Em se tratando do setor de informática da FIB, tem-se muita semelhança nesse sentido.



Pertinente lembrar que a escolha de meio de comunicação a ser utilizado na empresa depende da necessidade de aprimoramento do processo, também da disponibilidade de recurso. A ABERJE em 2002 verificou o status da comunicação nas empresas, a estrutura das equipes, a formação dos gestores, os meios de comunicação mais utilizados, além de investimentos na área. Constatou, conforme gráficos abaixo, que o modelo de gestão da comunicação interna que mais funciona, é o mix de equipe interna e externa, com 75% das menções, destaca-se também a escolha do meio apropriado, com 31% para jornal.


Figura 2: Modelos de Trabalho com comunicação interna e externa

Fonte:Pesquisa ABERJE 2002 www.aberje.com.br





Figura 3: Jornal impresso ainda é o principal veículo de comunicação interna

Fonte: Pesquisa ABERJE 2002 www.aberje.com.br



Em 2007 a AERJE, a exemplo de 2002, constatou que 64,6% dos entrevistados afirmam que à comunicação ainda não atende totalmente aos funcionários. Sobressai-se o fato acerca dos entrevistados que disseram que a área de Comunicação Interna atende completamente a essas necessidades, 77% trabalham em empresas em que a alta gestão vê a comunicação como área estratégica e, em 87% delas, há um plano integrado de comunicação. Nessa mesma pesquisa chama atenção o fato de que 20,1% das empresas utilizam a caixa de sugestão como canal de comunicação. O investimento aumentou um pouco para 37,2%.







Segundo a pesquisa (2007), 68% das empresas declaram que a Comunicação Interna é parte de um Plano de Comunicação Integrada, fazem comunicação para os públicos interno e externo. Em outras não há um plano integrado de comunicação, os investimentos em comunicação Interna estão estagnados: em 31% delas continuam iguais (22% na amostra) e em 29% aumentaram um pouco (37,2% na amostra), quando comparado com os últimos dois anos. Registra-se também que nessas empresas o atual investimento em Comunicação Interna encontra-se na menor faixa: 45% investem menos de 500 mil (35,4% na amostra).



Dessa arte, utilizando-se da ótica do Endomarketing, a informação é sempre unilateral e a comunicação é um processo entre colocutores. Conformando ao entendimento de BEKIN(2004), “ Uma boa comunicação antecipa os rumores, os ruídos. No local onde não há comunicação eficiente e eficaz, predomina os boatos, a insatisfação”4. Não esquecer de que a credibilidade é essencial para se chegar a uma comunicação empresarial bem sucedida. Se o interlocutor não a tem, o processo de comunicação com certeza apresentará deficiência. Convém apor nesse contexto, as palavras de Gil (2001, p. 71), a saber:



Comunicar-se constitui habilidade requerida de todos os profissionais que exercem funções gerenciais, principalmente dos profissionais de recursos humanos, pois na maioria das atividades que exercem, necessitam exprimir-se oralmente ou comunicar-se com uma ou mais pessoas.



Em outra ótica doutrinária, analisa-se a comunicação organizacional, dispondo que as empresas na era global não podem mais se concentrar apenas em transmitir informações, mas também em mudar o comportamento dos colaboradores para que realizem um trabalho melhor, impulsionando a organização em direção as suas metas, com resultados positivos para os pares (sociedade, governo, sócios, empregados, clientes e fornecedores). Nessa linha de pensamento doutrinário tem-se a conceituação segundo Medeiros e Hernandes (1999, p.220-221), qual seja:





A comunicação é determinada pelo emissor, por sua posição, pelos status que ocupa na organização, pela credibilidade e reputação que desfruta, pelas experiências passadas de comunicação que proporcionou. O emissor não pode dizer algo muito diferente daquilo que o receptor espera dele; caso contrário, não estabelece comunicação positiva.. A comunicação é influenciada sobretudo pela oportunidade, pelo momento (quando) em que dizemos algo. O sucesso da comunicação depende de adaptar as tentativas de intercomunicação à ocasião, situação, ao tema, às pessoas envolvidas, a um tom previamente escolhido.





Por tudo isso, o projeto de pesquisa prospectado para o setor de informática da FIB, é justificável, visa aprimorar o processo de comunicação com os públicos internos e externos, através da caixa de sugestão, cujo objetivo é obter das pessoas idéias de melhorias, por conseguinte, implementar as melhores.Portanto, não basta apenas o planejamento no plano físico, necessário se faz a prática de uma comunicação eficiente e eficaz. Nessa esteira, expressa O, Brien(2000,p.41): “a comunicação só pode ser eficaz se as pessoas ouvirem e entenderem a mensagem é a diferença entre a vida enérgica ou a morte lenta de uma empresa”5.



4METODOLOGIA E RECURSO




A planificação deste projeto teve seu início na terceira semana de Março/2008, através de uma série de observações focadas em reclamações e comentários do público interno e externo. De posse da problemática, no final de março e início de abril/2008 discutiu-se com a gerência acerca da deficiência da comunicação no setor de informática, apresentando uma solução. Ainda em abril, a proposta foi validada pela gestão da empresa objeto do estudo em tela. No final de abril, fez-se uma coleta de sugestões junto ao público, com base nos resultados da mesma, foram discutidas as sugestões críticas.



As discussões com o corpo de gestores da FIB, ocorrida nos meses de março e abril/2008, foi programada e realizada nas seguintes datas:





    • Programação das reuniões com os gestores






ÁREA
Nº PESSOAS
Nº REUNIÕES
DATA
HORÁRIO
Gestores de informática
4
2
20/03
10:00-11:30
4
22/03
14:00-15:30
o Conselho Superior de Administração
6
2
27/03
10:00-11:30
6
30/03
14:00-15:30
Conselho de Ensino
4
1
02/04
10:00-11:30
Conselho
Departamental
4
1
03/04
10:00-11:30
Conselho de Integração Social
3
1
05/04
14:00-15:30
Funcionários do setor de informática
15
2
06/04
10:00-11:30
20
08/05
14:00-15:30
Estagiários
25
1
10/05
10:00-11:30










Em continuidade, na segunda, terceira e quarta semana de maio/2008 foi realizada a tabulação de dados. No final de maio e início de junho/2008 chegou-se aos resultados. Ainda em junho, será criado o modelo de caixa de sugestões, esta como solução para a problemática apresentada. Em agosto, se fará uma revisão no projeto. No final deste mês e durante todo o mês de setembro realizar-se-a o implante, fase de teste, da caixa de sugestões. Nas três semanas finais de outubro faremos uma análise das respostas obtidas do público, ou seja, examinaremos se houve feedback. Em novembro a finalização do projeto.



A técnica de pesquisa a ser ainda adotada para conclusão do projeto de pesquisa será balizada em experimento da solução apresentada, bem como, fulcrada em referências bibliográficas e dados estatísticos. Os dados estatísticos foram colhidos da pesquisa realizada pela ABERJE (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial), a referência em bibliografia terá como base as informações de livros e internet. O experimento se dará com a implementação da solução apresentada, em fase de avaliação, com possibilidade de ajustes, consoantes aos feedbacks.



Na construção da pesquisa, utiliza-se o método o descritivo estatístico (quantitativo), origem dos dados da ABERJE. Segundo Rudio (1999, p. 71), a pesquisa de natureza descritiva está interessada em descobrir e observar fenômenos, procurando descrevê-los, classificá-los, interpretá-los, de modo que possamos conhecer sua natureza, composição e os processos que nele se constituem ou se realizem6. O método quantitativo, segundo Richardson (1999, p.70) representa, em princípio, a intenção de garantir a precisão dos resultados, evitar as distorções de análise e interpretação, possibilitando uma margem de segurança quanto às interferências7.



Por fim, adota-se também o método dedutivo, partindo da temática geral comunicação para dados particulares, específicos da comunicação implementada no setor de informática da FIB. Nessa esteira de idéias, partiu-se de observações, identificou o problema da deficiência na comunicação, formularam-se as conjeturas iniciais, em seguida as pesquisas complementares a fim de determinar o grau de aceitabilidade das hipóteses deduzidas, por conseqüência, apresentar uma solução para a problemática ora em tela. Nessa conjuntura conceitual temos o posicionamento de GIL (1994), que expressa:



A pesquisa científica inicia-se sempre com a colocação de um problema solucionável. O passo seguinte consiste em oferecer uma solução possível através de uma proposição, ou seja, de uma expressão suscetível de ser declarada verdadeira ou falsa. A esta proposição dá-se o nome de hipótese. Assim, a hipótese é a proposição testável que pode vir a ser a solução do problema.



5CRONOGRAMA DE ATIVIDADES


Na realização do projeto de pesquisa acerca da deficiência na comunicação da FIB, foi elaborado um cronograma para identificação do problema, levantamento de dados bibliográfico, desenvolvimento de conceitos teóricos, descoberta da solução para a problemática que se apresenta no processo de comunicação, reuniões com gestores, reunião com funcionários do setor de informática, implantação da caixa de sugestão em fase experimental, discussão de resultados, criação de um canal de comunicação e, por fim, conclusão e entrega do projeto.



Os dados apresentados na planilha a seguir são estimados, a data para realização de cada tarefa pode variar em algumas situações, considerando a ocorrência de fatos supervenientes. Outrossim, envida-se esforços no sentido de cumprirmos o planejamento estabelecido no cronograma de atividades. As dificuldades serão equacionadas com revisão das metas preestabelecidas.


6BIBLIOGRAFIA




ABERJE.Pesquisa de comunicação interna.disponível em:< http://www.aberje.com.br/novo/acao_pesquisa.asp> Acesso em 30/05/08.



BEKIN, Saul Faingaus – Endomarketing: como praticá-lo com Sucesso – São Paulo: Prentice Hall, 2004.



CHIAVENATO, Idalberto.Administração nos Novos Tempos.Rio de Janeiro:Campus, 1999.



GIL, Antônio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas, 2001.



GIL, A. C., 1994, Como elaborar projetos de pesquisas, Editora Atlas S. A., São Paulo, p. 35. [Os grifos são meus.



MIRANDA, Sérgio. A eficácia da comunicação. Ed. Qualitymark. Impresso no Brasil, 1999.





MEDEIROS, João B.; HERNANDES, Sônia. Manual da secretária. 7. ed. São Paulo: Atlas, 1999.



REGO, Francisco Gaudêncio Torquato do. Comunicação empresarial e comunicação institucional: Conceitos, estratégias, sistemas, estrutura, planejamento e técnicas. São Paulo: Summus, 1996.



O,Brien.Virgínia.Negócios:Soluções Econômicas-Ideias Inovvadoras. Rio de Janeiro:Campus,2000,pag.41.

1 Fonte: Estácio Participações S.A. Balanço de 2007.

2 CHIAVENATO, Idalberto.Administração nos Novos Tempos.Rio de Janeiro:Campus, 1999,pag.518.

3 Fonte:ABERJE,pesquisa de comunicação interna,2007.

4 BEKIN, Saul Faingaus – Endomarketing: como praticá-lo com Sucesso – São Paulo: Prentice Hall, 2004.

5 O,Brien.Virgínia.Negócios:Soluções Econômicas-Ideias Inovvadoras. Rio de Janeiro:Campus,2000,pag.41.

6 RUDIO,F.V. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 26. ed. Rio
de Janeiro: Vozes, 1999.

7 RICHARDSON, R.J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 1999.

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