Estatísticas
revelam o tamanho e a natureza da violência contra as
crianças.Muitos
são os casos e vários atos de violência, perpetrados contra as
crianças, continuam escondidos e têm muitas vezes a aprovação da
sociedade.
Dessarte,
a violência contra as crianças inclui violência física,
psicológica, discriminação, negligência e maus-tratos, abusos
sexuais, trabalhos forçados. Os abusos acontecem em casa, na rua e,
até castigos corporais e humilhantes na escola.Além disso, se
verifica o uso de restrições físicas em casa e à brutalidade
cometida pelas terceiros ou por gangs nas ruas onde as crianças
brincam ou trabalham; Desse modo, se verifica desde o infanticídio
aos chamados crimes de honra. O desrespeito com as nossas crianças
deveras tem crescido a cada dia.
“A
melhor forma de tratar do problema da violência contra as crianças
é impedir que aconteça,” diz o Professor Paulo Sérgio Pinheiro,
perito independente nomeado pelo Secretário-Geral para liderar o
Estudo. “Todas as pessoas têm um papel a desempenhar nesta causa,
mas cabe aos Estados assumir a principal responsabilidade. Isso
significa proibir todas as formas de Violência contra as Crianças,
onde quer que aconteça e independentemente de quem a pratica, e
investir em programas de prevenção para enfrentar as causas que lhe
estão subjacentes”.
Distante
de ser raro, inúmero s casos de violência continuem escondidos
e,portanto precisam ser evidenciados para as autoridades. Por essa
razão, os números ficam muito aquém certeza é bem maior. As
estatísticas revelam um panorama alarmante. Por exemplo:
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que em 2002, cerca de
53.000 crianças entre os 0-17 anos de idade foram vítimas de
homicídio;
Segundo
as últimas estimativas da Organização Mundial do Trabalho (OIT),
5.7 milhões de crianças realizavam trabalhos forçados ou em regime
de servidão, 1.8 milhões estavam envolvidas na prostituição e
pornografia, e 1.2 milhões foram vítimas de tráfico no ano 2000.
Em
16 países em desenvolvimento analisados no âmbito de um Inquérito
Mundial sobre Saúde realizado nas escolas, a percentagem de crianças
em idade escolar que afirmaram ter sido vítimas de bullying
(intimidação) verbal ou física na escola nos 30 dias anteriores à
entrevista oscilava entre os 20% em alguns países e 65% noutros;
Segundo
o Estudo, as crianças que se encontram em centros de detenção são
frequentemente vítimas de atos de violência por parte do pessoal da
instituição, por vezes como forma de controlo ou castigo, na maior
parte dos casos por infrações menores. Em 77 países, os castigos
corporais e outras formas de punição violentas são aceites como
medidas disciplinares legais em instituições penais.
Por
uma ótica realista, as marcas físicas, emocionais e psicológicas
da violência podem ter sérias implicações no desenvolvimento da
criança, na sua saúde e capacidade de aprendizagem. Alguns estudos
mostraram que o fato de ter sofrido atos de violência na infância
está relacionado com comportamentos de risco no futuro, tais como o
consumo de tabaco, o abuso de álcool e drogas, inatividade física e
obesidade. Por outro lado, estes comportamentos contribuem para
algumas das principais causas de doença e de morte, nomeadamente
para certos cancros, depressão, suicídio e problemas
cardiovasculares.
Ora,
a violência tem consequências imediatas e duradoiras, não apenas
paras as crianças e seus familiares mas também para toda a
coletividade. Nesse pensar, conclui-se: se não cuidarmos bem das
nossas crianças hoje, estaremos comprometendo, pondo em risco, a
sociedade futura.
Se
Cada um fizer a sua parte, sem dúvidas, construiremos um mundo
melhor para os nossos filhos.
Referência:
http://www.unicef.pt/pagina_estudo_violencia.php
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